terça-feira, 30 de novembro de 2010

A liberdade...

Recebo mensalmente uma pequena revista em tamanho, mas enorme em conteúdo. Chega-me a partir do Apostolado da Oração e chama-se “Cruzada”. A minha madrinha recebe esta pequena maravilha há muitos anos e lembro-me de a ler sempre que chegava a casa dela, adorava, até que há cerca de dois anos, me oferecida por ela…deste modo também eu a ofereço á minha grande amiga Iolanda.

Deixo-vos um texto que gostei imediatamente, não são grandes novidades, mas é sempre bom relembrar o significado de certas palavras e confrontarmo-nos com os nossos valores.



Quando se é jovem ou ainda imaturo, imaginamos facilmente que a liberdade, em nós, consiste em poder fazer arbitrariamente o que se quer, descansar livremente, ou jamais enfrentar qualquer contradição ou decepção.

Mas a verdadeira liberdade está na capacidade ou discernimento de cada um, no dinamismo da vida, no trabalho árduo, na esperança, na confiança, na fé…

Liberdade é termos a consciência tranquila, a certeza de que fizemos ou tentámos fazer o melhor em relação a nós e aos outros. É assumir responsabilidades e cumpri-las. É conseguir serenidade nos momentos mais difíceis da vida. É possuir ouvidos que ouvem, olhos que vêem e boca que pronuncia palavras construtivas. É não querer que os outros se modifiquem apenas para nos agradar, é respeitar as opiniões contrárias, saber perdoar, embora nem sempre possamos esquecer as ofensas. É aprender com os próprios erros. É ser sincero, dizer não, quando não, e sim, quando sim.

A liberdade que possuímos no nosso coração é a tranquilidade de nos aceitarmos a nós e aos outros, tal como somos, com muitos defeitos e algumas qualidades, procurando limar as nossas arestas, aceitando de bom grado a colaboração dos outros em relação a nós. É admitir que podemos não ter razão; e, mesmo que tivéssemos, não batalharmos por ela de forma a perder valores mais importantes. Às vezes, para mantermos a liberdade que habita no nosso coração, é preciso usarmos um poderoso aliado chamado silêncio. Quando alguém está irritado e fora de si, tentando humilhar-nos com o seu orgulho ou provocar-nos com a sua vaidade e arrogância, o silêncio, o perdão, a espera paciente pelo momento próprio, serão eficazes ferramentas construtoras de liberdade.

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