domingo, 17 de junho de 2012

Pedacinhos soltos...



 


Gostava de poder pegar em ti e de te abraçar

Queria sussurrar-te ao ouvido que vai ficar tudo bem
Gostava de te poder dar a mão e mostrar-te algumas das coisas boas do mundo
Gostava, mas só posso fazê-lo em sonhos

Queria dizer-te “Eu compreendo”
E fazer-te acreditar
Queria ver-te sorrir para mim
Será que é muito isto que peço?!

Queria ser o teu porto de abrigo em momentos de tempestade
Encostar-te ao meu peito
Sentir-te a descansar
Seria a minha voz embalo suficiente?!

Queria dizer-te tanta coisa
E faltam-me as palavras
Digo-te só que não tenhas pressa de crescer
O homem que vais ser tem ainda muito da criança que és


Tu não consegues ser para os outros quando não és para ti, quando não te chegas. Por isso sim, estou ausente, refugio-me em casa, e não sorrio como antes, sim o meu olhar perdeu o brilho e sim, os olhos outrora de água estão turvos, sim eu quando não me posso dar por inteiro não me dou, e sim, antes tenho de ser para mim para poder ser para os outros

2 comentários:

  1. Olá Cátia,
    é sempre bom ver que gostam do que escrevemos.

    ResponderEliminar
  2. Por vezes o gostar está na forma como lemos, no sentimento que nos tolda...
    Obrigada pelo texto que transcrive :/

    ResponderEliminar