segunda-feira, 12 de julho de 2010

Meus sonhos numa caixa

[
Sonhos Guardados Numa Caixa Empoeirada




Em tardes vagas e distantes, pendurada a nada
Deslizo lentamente no esquecimento
No andar silencioso ao longo do meu sentir
Perco devagar qualquer noção de vida.

Te sinto em mim
Entre as flores, cheiro de jasmim
Gotas quentes desprendem aromas balsâmicos
Em minha [delicada] pele fria.

Na distância que há entre meus sonhos [alados]
Cabe uma lua cheia
E um copo de água
Repleto de versos de saudade.
[E sonhos guardados numa caixa empoeirada!]

E quando tudo se faz saudade
Afogo-me em desejos de lembranças [que nem tenho]
Num salpicar de estrelas nos olhos
Perdendo de vista os rastros dos [meus] passos


Ontem em conversa com a minha mãe e divagando pela minha vida, a minha realidade, os meus sonhos, tudo o que gostaria de concretizar, como se de uma lista se tratasse...acabei por perceber que todos os meus sonhos estão longe ou não se têm apenas realizado...sonhos antigos, mais recentes, alguns mateiras, outros de sucesso pessoal e outros do coração... e disse, vou arranjar uma caixa e guardar todos os meus sonhos...a verdade é que fiquei a pensar em como esta frase é mórbida e triste...sonhos numa caixa? E quando os ir buscar, e quando os realizar se tudo á minha volta parece afastar-me cada vez mais deles?!

Sem comentários:

Enviar um comentário