segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Amizades ...

As pessoas povoam a nossa vida como os malmequeres crescem nos campos. Algumas passam e não reparamos nelas. Outras destacam-se por qualquer motivo. Várias se tornam amigas. Raramente, uma ou duas pessoas se tornam as melhores amigas.

O melhor amigo como os simples amigos tem afinidades connosco, tem gostos em comum, tem qualidades e defeitos mútuos, ri-se e chora connosco, ouve-nos nos dias maus e conta-nos o que lhe apetecer, liga-nos sempre que pode e atende-nos sempre que pode, mas a diferença entre o simples e o melhor está aqui: sabemos que onde quer que se encontre, a que fuso horário estiver, a fazer o que calhar, podemos contar com ele. Sabemos que conhece o melhor de nós, mas que também conhece o pior, e mesmo assim não desiste de nós…

O amigo novo é mais fácil de guardar porque podemos esconder-lhe os dias negros da nossa existência e apenas mostrar o que temos de bom. Podemos criar uma espécie de super eu para o amigo novo, como se fôssemos um livro ao qual arrancámos as páginas de passado e mostramos apenas as páginas novas que queremos ser no futuro. Passamos a ser um livro estranho, com uma lombada mole, com folhas que se podem soltar porque estão descosidas do seu próprio passado. Um dia, as folhas arrancadas podem ser encontradas por acaso pelo amigo novo… Será que o conseguiremos manter quando descobrir que omitimos uma grande parte de nós? Talvez sim, talvez não…

Os raros melhores amigos com os quais temos o privilégio de partilhar a nossa vida são demasiado preciosos para podermos ser ingratos com eles, para os negligenciarmos, para os pormos de parte e o que mais quero na vida é que isso nunca me aconteça. Deus queira que eu saiba sempre estimar os meus raros melhores amigos…

E tu, já estimaste os teus raros melhores amigos hoje?

A amizade consegue ser tão complexa...

Deixa uns desanimados, outros bem felizes...
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes


Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
os assim assim assumem-nos


Sem pensar conquistamos
O mundo geral
e construímos o nosso pequeno lugar
deixando brilhar cada estrelinha

Estrelinhas...
Doces, sensíveis, frias, ternurentas...
Mas sempre presentes em qualquer parte
Os donos da Amizade





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